Na última sexta-feira, o ministro André Mendonça, do STF, se destacou ao votar isoladamente a favor do ex-deputado Roberto Jefferson e do ex-presidente Jair Bolsonaro. Embora seu voto tenha beneficiado ambos, não teve efeito prático, pois Jefferson foi condenado a nove anos de prisão por calúnia e incitação ao crime. Mendonça argumentou a incompetência do STF no caso. Horas depois, ele foi novamente voto vencido ao tentar afastar o ministro Alexandre de Moraes do inquérito sobre a trama golpista, mas a maioria da Corte decidiu manter Moraes na relatoria. Os conflitos entre os ministros persistem.

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou Roberto Jefferson a mais de nove anos de prisão devido a diversos crimes, incluindo atentado ao exercício dos Poderes, calúnia, homofobia e incitação ao crime. A decisão, pautada pelo voto do relator, ministro Alexandre de Moraes, teve apoio da maioria dos ministros, enquanto outros propuseram penas menores. A Procuradoria-Geral da República defendeu a condenação citando provas do envolvimento de Jefferson em ações antidemocráticas. A defesa argumentou que o STF não possui competência para avaliar o caso e questionou a legalidade das provas apresentadas. O caso ainda pode ser recorrido.

O STF formou maioria para condenar o ex-deputado Roberto Jefferson a 9 anos, 1 mês e 5 dias de prisão pelos crimes de calúnia, homofobia, incitação ao crime e tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes. O relator Alexandre de Moraes foi seguido por outros ministros, enquanto Cristiano Zanin sugeriu uma pena menor de 5 anos e 2 meses. O julgamento ocorre em plenário virtual e aguarda a votação de quatro ministros. Jefferson, preso desde outubro de 2022, foi acusado de incitar a população a invadir o Senado e agredir senadores, além de ameaçar o TSE.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, opinou pela condenação do ex-deputado Roberto Jefferson a nove anos de prisão em julgamento por sua incitação aos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Moraes argumentou que as palavras de Jefferson, divulgadas em um ambiente amplamente acessível, tinham um potencial altamente danoso, o que contribuiu para os atos antidemocráticos. A votação ocorre no plenário virtual do Supremo, enquanto a defesa do ex-deputado tenta reverter a situação. Jefferson, que está preso desde outubro de 2022, já fez declarações agressivas à população em entrevistas anteriores.